Há mais de doze anos, o Larry Fink, CEO da BlackRock, emite anualmente carta para os CEOs das empresas. A meu ver, esse ritual está transcendendo os muros da própria BlackRock, e vai muito além do posicionamento institucional perante clientes e demais stakeholders. Esse ritual, de repercussão global, está se consolidando como o anúncio da ascenção de uma Nova Economia orientada aos Stakeholders. Fink não está apenas posicionando e direcionando o futuro da BlackRock, ele está exercendo o papel de mensageiro da Nova Economia.
Para se ter uma ideia, as cartas do Fink já renderam uma série de publicações Harvard Business Review. Diversos autores realizaram trabalhos e reflexões sobre os insights e as consequências dessas cartas. Uma parte desses autores criticam o Larry Fink, com a justificativa de que ele estaria colocando uma agenda pessoal acima da agenda institucional. Outros, por sua vez, não apenas concordam com as visões do Larry Fink, mas também começam a realizar uma série de projeções dos impactos dessa Nova Economia em diferentes segmentos de indústria.
Nesta última carta, disponível neste link, Larry discorre sobre diversos temas que estão impactando de maneira positiva ou negativa as organizações no mundo – mundo globalizado, transformação digital, propósito, pandemia, mudanças no ambiente de trabalho, mudanças climáticas, net zero, sustentabilidade, ESG, capitalismo, fontes de capital alimentando a disrupção do mercado, e diversos outros.
Inclusive, nesta última carta, a BlackRock se posiciona com relação ao seu papel diante de uma Nova Economia: “focamos na sustentabilidade não porque somos ambientalistas, mas porque somos capitalistas e fiduciários de nossos clientes.” O que o Larry Fink está querendo nos dizer com estas palavras? Não apenas nesse trecho, mas em toda a carta, ele está anunciando a ascenção de uma Nova Economia orientada aos Stakeholders. Essa Nova Economia já está ocorrendo a partir das necessidades e dos novos comportamentos dos stakeholders de uma organização – investidores, clientes, colaboradores, parceiros, meio ambiente e sociedade em geral. A mudança para uma Nova Economia já está ocorrendo. Para Larry Fink, a questão é: você vai liderar ou você será liderado nesse novo contexto?
Na Humanizadas, temos acompanhado uma série de organizações que estão liderando seus mercados rumo a essa Nova Economia no Brasil. Exemplos de organizações como Natura, Magalu, ClearSale, Reserva, Raccoon, Fazenda da Toca e diversas outras. Trazemos Inteligência de Dados para ajudar a identificar as reais necessidades dos stakeholders, para repensar os modelos de negócio e gestão das organizações.
Quer conhecer algumas dessas práticas e como podemos auxiliar a sua organização?
Basta acessar este link, para ter acesso exclusivo e gratuito a um artigo que publicamos recentemente na MIT Sloan Brasil, sob minha coautoria, junto com o Prof. Raj Sisodia (fundador do Capitalismo Consciente) e do Prof. Mateus Gerolamo (meu orientador na Universidade de São Paulo). No artigo, abordamos práticas relacionadas a cinco princípios que podem auxiliar as organizações a liderarem em uma Nova Economia orientada aos Stakeholders.